
Não se pode dizer que Portugal tenha sido inferior aos alemães (muito pelo contrário), mas não conseguiu ser tão eficaz como o adversário. Com algumas oportunidades de golo, a principal a ser desperdiçada por Moutinho, a defesa lusa vacilou logo na primeira vez que a Alemanha tentou o golo. Numa jogada digna do jogo entre duas grandes equipas, Schweinsteiger finalizou de forma soberba perante Ricardo.
Poucos minutos depois, num lance de bola parada, o camisola 7 dos germânicos coloca a bola na cabeça de Miroslav Klose e este não desperdiçou a oportunidade, colocando no placar um 0-2. Ainda antes do intervalo, o capitão português, Nuno Gomes, reduziu a desvantagem, numa recarga a um primeiro remate de Cristiano Ronaldo defendido por Lehman.
Já na segunda parte, novamente de bola parada (e novamente livre de Schweinsteiger), Ballack sobe mais alto que todos os jogadores lusos e volta a colocar a Alemanha com uma vantagem de dois golos. Antes do final do jogo, Hélder Postiga ainda reduziu o marcador, dando esperanças aos portugueses por um milagre nos minutos finais. No entanto, os nervos falaram mais alto e os jogadores lusos não conseguiram o golo que levaria a mais 30 minutos de emoções fortes.
O jogo fica também marcado pelas críticas à arbitragem, no caso do terceiro golo alemão, por pretensa falta de Ballack sobre Paulo Ferreira. Mas a equipa portuguesa apenas se pode culpar a si mesma em relação aos golos sofridos. Em todos os três a defesa lusa vacilou: no primeiro, os jogadores pareciam estar a “dormir”, pois Schweinsteiger apareceu no meio da defensiva e ninguém foi capaz de o travar; no segundo, Paulo Ferreira deixou-se ultrapassar por Klose; no último, independentemente de existir ou não erro do árbitro sueco, Ricardo fica mal na fotografia com a sua saída mal calculada.
Um último acontecimento que marca o dia é o facto de este ter sido o último jogo orientado por Scolari. Depois de assinar pelo Chelsea, o seleccionador despediu-se da Selecção e de Portugal, com desilusão pela derrota de hoje, mas com o orgulho do que aconteceu nos últimos cinco anos e meio e com a certeza de que fez sempre o máximo do que podia.
Como adepta da Selecção Nacional, e de futebol, estou triste por esta despedida prematura (pois eu apostaria, no mínimo, nas meias), mas orgulhosa dos rapazes que nos representaram e das esperanças que nos deram, ajudando-nos a sonhar um pouco. Agora, coloca-se uma importante questão: quem será o sucessor de Luiz Felipe Scolari? Opiniões aceitam-se!
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