quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Entrevista de TIC I a Diana Tavares

Nas seguintes linhas, Diana Tavares, estudante de Ciências da Cultura, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, dá-nos a conhecer a sua experiência no mundo universitário. Divertida, mostra-nos o seu ponto de vista em vários aspectos, entre os quais as praxes e os benefícios dos estágios.

Há quanto tempo começou a tua aventura universitária?

Diana Tavares (DT) – Começou em Setembro de 2005, há três anos, mais ou menos.

Entraste no curso de Ciências da Cultura através de mudança de curso, vinda de uma área diferente. Quais as principais diferenças?

DT – (risos) Bem… Diferenças… A começar pelos cursos que só têm em comum a cadeira de inglês, ao facto de ter estudado num politécnico ligado a gestão e engenharia, às condições de cada uma das instituições sendo que a ESTG (onde estudei Gestão de Empresas) tinha mais ou menos quinze anos e a Faculdade de Letras é já secular. É também muito diferente o ambiente visto que estava em Leiria e agora estou na Capital, com todos os seus benefícios e problemas.

Com toda a contestação que existe em relação às praxes, achas que esse é um bom método para a integração dos novos alunos?

DT – Sem dúvida, desde que as praxes sejam bem organizadas e não haja abuso de poder. Na minha experiência as praxes foram muito benéficas porque ajudaram-me a estabelecer contacto com as pessoas e a criar espírito de grupo. Quando é difícil dar este primeiro passo, como eu acho que é, as praxes ajudam imenso. Contudo é necessário conquistar o respeito dos caloiros não pela força mas pelo carisma. Por exemplo, em Leiria onde a praxe é sem dúvida mais dura do que em Lisboa não existe MATA nem movimentos anti-praxe. Quem não quer não participa, mas posso dizer que praticamente 90% dos caloiros que são praxados acabam por trajar, e estamos a falar de pessoas que foram “obrigadas” a estarem presentes às 9h da manhã para serem praxados, mas que regressam todos os dias porque conseguem ver o esforço dos doutores e veteranos em preparar tudo… Inclusivamente estar presente desde as 8h30 da manhã para receber os caloiros.

A nível de futuro consideras o estágio importante para o início no mundo do trabalho?

DT – Sim, considero que nos dá uma noção de como será o nosso dia-a-dia se trabalharmos naquela área e acima de tudo, com sorte, será uma oportunidade para vermos de que forma o que aprendemos é útil e necessário…. Basicamente é passar à prática e aprender tudo aquilo que não é possível aprender na faculdade.

Para terminar, que conselho darias a alguém que tencione ingressar no mundo universitário?

DT – Primeiro que tudo, que se prepare para sofrer uma mudança por vezes radical na sua vida e que esteja disposto a aceitá-la. A universidade dá-nos a oportunidade de conhecermos o mundo, de expandir os nossos horizontes e sermos capazes de pensar por nós em vez de nos guiarmos sempre por alguém. Acho que é essa a diferença entre um adolescente que entra e um adulto que sai, não é só novos conhecimentos numa área, mas experiência de vida e abertura de horizontes. De resto, que tente ser curioso e aprender, mas nunca deixe de ter tempo para jogar uma partida de sueca ou matraquilhos com os amigos enquanto bebe uma mini. (risos)

1 comentário:

disse...

Para terminar, que conselho darias a alguém que tencione ingressar no mundo universitário?

Antes de ires arranja dinheira para as p*** das propinas!!! ah e para os belos dos jantaresxD

********